quinta-feira, 22 de setembro de 2016

"Vem sentar
Eu te convido a entrar
E te proponho vir despido de razão
Deixa eu trocar de canal
Que afinal ninguém
Tem tanto controle assim

E o que é que tem de tão ruim
Em abaixar a guarda
Que aguarda o próximo não?
Se eu solto o leme
O vento treme a vela
Como se ela já soubesse a direção

Então deixa, deixa, deixa, deixa, a...

Deixa a água entrar
Como se não houvesse
Casco ao redor
Vem desatar o nó que guarda o barco
Embarca vem pro mar
Aprender a mergulhar
Se a superfíeie é rasa
Minha casa fica além do que se vê
Cadê?

Debaixo d'água
Acho entrada e vou
Sem ver um palmo à frente
Na aparente escuridão
A procurar um farol
Vejo a estrela que brilha
No fundo do mar
Como o sol

Pura criatura ilumina o olho
Entra na retina
Abre a cortina do olhar
Quero ver mais claro
O universo imerso e raro
Que há no mar
De meu caminhar"

(Carmem Corrêa)

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